Nunca, mas nunca pensei que um dia poderia perder quem eu realmente pensei que levaria para a vida toda. Nunca pensei que poderia sofrer tanto ao ver aquele amigo se afastar de um jeito quase inexplicável. Nunca pensei que poderia chorar por ter pensado ter feito algo de errado para alguém, e que no caso esse alguém seria o mesmo que caminhou comigo a vida inteira (ou pelo menos parte significante dela). Alguém me disse que nós deixamos as amizades antigas e abriamos porta para as novas, mas eu, tolo, não queria aceitar nem pensar no caso. Mas isso é o que realmente acontece, você cria novas amizades, e suas velhas amizades criam novas amizades, e de pouco em pouco o círculo que antes os envolvia agora já não é mais o mesmo.
Mas sabe? Eu nunca pensei que isso poderia ser bom também, que as suas novas amizades lhe fazem felizes como as velhas, ou até mais. Que você pode sorrir com pessoas que entraram de supetão na sua vida, seja por uma festa ida, ou uma conversa repentina. Isso gera o que nós chamamos de desapego ao antigo, ao velho, ao que antes era certeza, agora duvidoso.
Sei quem realmente foi meu amigo no passado e que continua no presente, e sei que realmente eles devem ser chamados de amigos, e não os que pensei que poderia levar pra sempre. Sofrer todo mundo sofre. Chorar todo mundo chora. Mas levantar-se disso é o melhor meio para começar, até por que você vê que fez bem ter se afastado ou ter cortado laços. Bem, às novas pessoas que estão entrando em minha vida, eu apenas digo que bem vindas, e que tudo que nós possamos viver seja duradouro, como as velhas-novas amizades.
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